Eu nunca gostei dela. Acho que nem mesmo quando ela não era necessária. Hoje ela é.

Se eu soubesse que ela estava em determinado local, eu nem ia para não ter que me encontrar. Se, porventura, não tivesse outro jeito e o encontro, mesmo que casual, fosse ocorrer, eu virava a cara para não ter que encará-la. Bem antipática eu!

Fugi o tempo que deu. Demorou até eu amadurecer e perceber que a relação com ela irá me fazer bem. Preciso aceitá-la no meu círculo social. Nesse tempo que passou ela mudou. Ficou atual. Moderna. Eu espero que eu tenha acompanhado todo esse desenvolvimento, pois, de agora em diante, seremos amigas e companheiras.

Tem pouco tempo que abri as portas da minha casa para ela. Ela entrou e com a maior das intimidades foi parar no meu quarto. Parece que só eu repudiava a nossa relação. Ela queria. Eu não. Até hoje ela está lá e, pelo que andamos conversando, eu e ela, me acompanhará pelo resto dos meus dias.

Já notei que essa é daquelas amizades com cobrança. De ambas as partes. Tem dias que fujo dela. Mesmo ela sendo minha eterna hóspede, evito-a. Tem dias que ela me joga na cara verdades. Daquelas doloridas. Fizemos um acordo: eu falo com ela com mais frequência e ela me traz boas notícias. Tem funcionado.

O que mudou de antes para agora? Mudou que eu cansei de procurar o que só ela pode me ajudar a ter: controle do meu peso.

É!!!! Ela tem vários sobrenomes: Filizola, Plenna etc. Mas são todas da mesma família. Agora estamos em um tipo de casamento nós duas! Parece que aquela jura terá que funcionar: até que a morte nos separe!!! E eu e a dona Balança, enfim, nos beijamos.

Beijos magros e molhados de chuva!